Por Paula Goulart
Despedir-se de alguém que amamos é uma das tarefas mais difíceis da vida. Mas o luto, mesmo doloroso, encontra caminhos de acolhimento quando somos capazes de dar sentido à perda. E é aí que os rituais de despedida — tradicionais ou não — mostram seu valor.
Chegou até mim o relato de uma família que optou por uma cerimônia simbólica para homenagear sua mãe. Não havia igreja nem velório formal, mas cartas foram lidas, músicas escolhidas tocaram ao fundo e pequenos objetos pessoais foram compartilhados entre os presentes. A tristeza ainda estava lá, mas o gesto trouxe um senso de finalidade e presença, ajudando cada um a lidar com o vazio de forma mais humana.
Os rituais ajudam a mente a aceitar aquilo que o coração ainda não quer compreender. Eles oferecem um espaço de expressão e memória, permitindo que a saudade seja vivida sem pressa e com significado.
No Grupo de Acolhimento Luto pela Vida, do Complexo Salvatore, vemos diariamente como práticas simbólicas, trocas de histórias e pequenos rituais entre os participantes fortalecem o processo de luto. E se você sentir necessidade de compartilhar, acolher ou participar de atividades desse tipo, sendo cliente ou não do Complexo Salvatore, de forma totalmente gratuita, pode entrar em contato conosco pelo WhatsApp (98) 2109 3999.
Entender e criar rituais próprios é mais do que tradição: é uma forma de honrar quem partiu, acolher o que sentimos e caminhar aos poucos em direção à aceitação.
Paula Goulart
Especialista em Luto, CEO do Complexo Salvatore, mãe e empresária, dedica sua trajetória a transformar a forma como acolhemos e vivemos o luto e ressignificamos a dor.


